Já estamos a imaginar o momento: põe a chave na porta para entrar em casa e já está a ouvir o seu patudo a ladrar desesperadamente. Entra e faz-lhe uma festa! Os dois, ansiosos e agitados, abraçam-se e matam as saudades um do outro. Apesar de ser um momento bonito e, para si, uma demonstração de amor ao patudo, saiba que este comportamento não é aconselhável.
Porquê exagerar?
É obvio que, enquanto tutor que adora o seu pet, sente vontade de o abraçar e dar-lhe muita atenção assim que chega a casa. Mas deve controlar essa vontade e fazer as coisas de forma mais gradual. Caso contrário, está a dar razão ao patudo para se sentir ansioso sempre que se vai embora… e desesperado sempre que ouve a chave de casa. Reaja a este momento de forma calma e casual. Chegue a casa, primeiro pouse as chaves, carteira, acessórios que tiver consigo, e só depois, de forma calma, dê um mimo ao patudo. Nós sabemos que é difícil de controlar, mas acredite: é o melhor para ele!
Ao reagir de forma calma, está a comunicar-lhe que a sua ausência e chegada faz parte da rotina que ele deve aceitar.
Apego ou ansiedade?
Se o comportamento no momento de chegada for demasiado intenso, é possível que o seu cão esteja demasiado apegado a si.
Para vários cães de guarda, os donos são o seu território, e por isso eles desenvolvem um sentimento de pertença sobre os seus humanos, o que pode até ser perigoso quando tem convidados em casa.
Para além disso, poderá tratar-se de um caso de ansiedade por separação.
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Um cão que sofre deste problema pode apresentar sinais como inquietação quando não vê o dono, chorar constantemente, seguir cada movimento dentro de casa e até ter dificuldades em relaxar ou dormir se não estiver próximo de quem considera sua referência.
Se estas atitudes forem recorrentes, está na altura de procurar um especialista em comportamento canino.
Como incentivar a independência do cão?
Se o seu cão tem dificuldades em ficar sozinho, há formas de o ajudar a ganhar mais confiança e autonomia. Partilhamos consigo algumas sugestões:
- Estimule a socialização: passeios, interação com outras pessoas e até o convívio com outros cães demonstram ao patudo que há todo um mundo para além do dono.
- Brinquedos interativos: jogos que estimulam o raciocínio e a atividade mental ajudam a ocupar o cão e a mantê-lo mais tempo sozinho, de forma a apreciar e normalizar a sua própria companhia.
- Ensine o comando “fica”: fazer disto uma brincadeira pode ser uma ótima forma de ensinar o cão a estar confortável com a sua ausência momentânea.
Apesar de todas estas dicas, a companhia do dono será sempre essencial para o patudo, por isso, não menospreze estes momentos a dois!