Pedro Paiva, Provedor dos Animais de Lisboa, sugeriu a criação de uma sinalização específica para identificar os locais onde se encontram colónias de animais de rua, a fim de garantir a sua proteção, especialmente em situações de emergência. O recente sismo de 26 de agosto, com uma magnitude de 5,3 na escala de Richter, ocorrido a 60 quilómetros de Sines, trouxe esta questão à tona. Embora o abalo não tenha causado vítimas nem danos significativos, gerou uma onda de preocupação, incluindo entre as cuidadoras de colónias de animais, que recorreram à Provedoria para obter orientações sobre como proceder em situações semelhantes no futuro.
Segundo Pedro Paiva, em Lisboa existem mais de 12.000 gatos que vivem em colónias controladas através de programas CED (Captura, Esterilização e Devolução). Dada a dimensão e importância dessas colónias, torna-se essencial que, em situações de emergência, seja fácil localizá-las e prestar o devido apoio aos animais. No dia do sismo, a Provedoria recebeu várias chamadas de cuidadoras e associações que procuravam saber como garantir a segurança desses animais.
A proposta de Paiva tem como objetivo garantir que a localização das colónias esteja devidamente identificada através de sinalização, de forma a facilitar o auxílio tanto em situações quotidianas como em cenários de catástrofe. Além de alertar para a presença dos animais, esta sinalética deve também informar as pessoas sobre como podem solicitar ajuda para os mesmos, sugerindo até a inclusão de um QR Code, ligado a uma plataforma de apoio, que permita uma resposta rápida e eficaz.
Para o Provedor dos Animais, esta medida não só asseguraria o bem-estar dos gatos, como também ajudaria a evitar a disseminação de doenças, ao garantir que os felinos permanecem saudáveis e em segurança. Desde que assumiu o cargo, em julho de 2022, Pedro Paiva tem sublinhado a importância de medidas eficazes para a proteção dos animais de rua, destacando a relevância dos programas CED na cidade de Lisboa.
Esta sinalética, comparável aos sinais de trânsito, seria uma ferramenta adicional para a organização da resposta em casos de emergência, bem como para a melhoria da comunicação entre os serviços, as cuidadoras e os moradores das zonas próximas às colónias. A segurança dos animais e das pessoas seria, assim, melhor salvaguardada, especialmente em momentos de maior vulnerabilidade.