Cães de raças “perigosas”: mitos, verdades e cuidados a ter

Muito se fala sobre os cães de raças potencialmente perigosas, mas será que são realmente uma ameaça? Em Portugal, existem mais de 67 mil cães registados nesta categoria, e a legislação impõe regras claras para a sua posse. No entanto, apenas 5% dos donos cumprem integralmente as obrigações legais, o que levanta questões sobre a verdadeira raiz dos problemas.

A importância do treino e da socialização

O segredo está na educação do cão e do dono.

O problema? A formação obrigatória para detentores destas raças é muitas vezes ignorada. Como resultado, surgem comportamentos inesperados que poderiam ser evitados com treino adequado e socialização precoce.

O treinador de cães, Joel Ponte, ensina-lhe tudo sobre como treinar o patudo aqui!

Quais são as raças abrangidas?

A legislação portuguesa identifica sete raças que exigem treino obrigatório:

  • Cão Fila Brasileiro
  • Dogue Argentino
  • Pit Bull Terrier
  • Rottweiler
  • Staffordshire Terrier Americano
  • Staffordshire Bull Terrier
  • Tosa Inu

Estas raças, devido à sua força e temperamento, exigem uma abordagem responsável. No entanto, especialistas alertam: um cão mal treinado, de qualquer raça, pode representar um risco.

Medidas de segurança: são mesmo cumpridas?

A lei determina que estes cães devem andar na rua com trela curta e açaime, mas quem já passeou num parque sabe que nem sempre isso acontece. No último ano, a GNR e a PSP registaram quase 900 ataques a pessoas, sendo que qualquer cão envolvido num ataque passa a ser classificado como perigoso e sujeito a quarentena obrigatória de 15 dias.

Mas e depois? Muitos donos não sabem o que fazer e, infelizmente, o abate torna-se uma solução recorrente. A questão que se coloca não é se estas raças são perigosas, mas sim se os donos estão preparados para lidar com elas.

Um cão seguro é um cão treinado

A verdade é que um cão bem treinado é previsível, confiável e feliz. O problema não está na raça, mas na falta de preparação dos donos. Se a formação obrigatória fosse levada mais a sério, o número de ataques certamente diminuiria.

Já sabe, por muito afável e bem treinado que o seu patudo seja, tenha o cuidado de seguir as regras!