Se há uma criatura que nasceu para ser realeza, essa criatura é o gato. E como qualquer monarca digno desse título, não tem paciência para plebeus desajeitados – e muito menos para crianças barulhentas. Sim, os gatos rabugentos existem, e se há algo que eles não suportam, é um humano em miniatura a correr atrás deles com intenções duvidosas.
Um olhar que diz tudo
Não há nada mais expressivo do que o olhar de um gato cansado da vida. Aquele olhar semicerrado, de quem pondera a existência e questiona se realmente vale a pena manter a compostura perante o caos infantil. Os miúdos correm, gritam, tentam pegar-lhes à força, e o gato apenas olha, imóvel, qual estátua de desprezo puro.
Se os humanos pudessem traduzir aquele olhar felino, provavelmente ouviriam algo como: “Já pensaste em reconsiderar as tuas escolhas de vida?”
O toque proibido
Gatos rabugentos não são propriamente fãs de mãos pegajosas a afagar-lhes o pelo. Para eles, as crianças representam tudo o que há de errado no mundo: são imprevisíveis, fazem barulhos irritantes e têm um fascínio inexplicável por puxar caudas. Ora, um gato que preza a sua dignidade não se deixa humilhar assim.
A reação? Um salto felino de precisão cirúrgica, um resmungo sonoro e um desaparecimento digno de filme de espionagem. Um momento estava ali, no sofá, e no instante seguinte já só se vê uma cauda peluda a sumir-se para debaixo da cama.
Delicie-se com estes momentos engraçados de gatos com crianças, no episódio de “Like a Pet” aqui!
A vingança é um prato que se serve… de noite
Se acha que o gato rabugento vai simplesmente esquecer o incómodo causado pelos humanos, está muito enganado. Gatos são seres estratégicos. Guardam rancor como verdadeiros mestres e esperam pacientemente pelo momento certo para se vingarem.
Quando a noite cai e tudo parece estar em paz, o gato sobe silenciosamente para o parapeito da janela, localiza o brinquedo mais ruidoso da casa e fá-lo cair ao chão num estrondo. Ou então, num clássico movimento de retaliação, decide que às 3h00 da manhã é a altura perfeita para correr pela casa como um trovão felino. Justiça foi feita.
Ainda assim, não há como não os amar!
Por mais rabugentos que sejam, os gatos têm um charme inexplicável. São independentes, dignos e absolutamente hilariantes na sua forma de demonstrar desprezo. E a verdade é que, no fundo (bem lá no fundo), até gostam das crianças – só que à distância segura de dois metros e com a garantia de que ninguém lhes vai mexer na barriga.
Portanto, se tem um gato resmungão e uma criança hiperativa em casa, aceite o inevitável: o gato vai vencer. Sempre. Porque no final, ele é o verdadeiro dono da casa – e nós, meros servos, apenas seguimos as suas regras!