Quem disse que os gatos não gostam de viajar? Deixamos 7 dicas que vão tornar a viagem tranquila, sem birras nem dramas

Levar o gato consigo numa viagem pode parecer uma missão impossível (quem nunca foi julgado por aqueles olhos felinos ao tentar fazer algo novo?), mas com alguma preparação e as estratégias certas, é perfeitamente possível. Se está a pensar sair de casa com o seu fiel companheiro de quatro patas, siga estas dicas para garantir uma viagem segura e tranquila, seja de carro, autocarro ou avião.


1. O essencial: a caixa de transporte é obrigatória

Viajar com um gato sem caixa de transporte é como tentar controlar um furacão numa chávena de chá. Mesmo que o seu felino seja o epítome da calma em casa, barulhos estranhos, travagens ou movimentos inesperados podem assustá-lo e levá-lo a fugir (ou a saltar para o colo do condutor, o que não é ideal).

Escolha uma caixa de transporte robusta, bem ventilada e confortável, e garanta que está presa com o cinto de segurança se for de carro. Se o seu gato ainda não está habituado à caixa, deixe-a em casa por uns dias antes da viagem, para ele a explorar e associar a algo seguro. Quem sabe até decida adotá-la como o novo “trono” favorito?


2. Viagens de carro: segurança acima de tudo

Viajar de carro pode ser prático, mas nunca deve permitir que o gato ande solto no veículo. Além de perigoso, é ilegal. Prenda sempre a caixa de transporte ao cinto de segurança para evitar que tombe ou deslize durante o percurso.

Outra dica de ouro: não deixe a caixa ao sol. Por mais confortável que o espaço esteja, os gatos não apreciam um “spa tropical” improvisado. Leve também alguns panos com o odor do gato para forrar a caixa e ajudá-lo a sentir-se mais relaxado. Ah, e evite ligar o rádio a todo o volume — a última coisa que o seu companheiro precisa é de música alta para piorar o stress.


3. Autocarros e comboios: como levar o gato consigo

Se vai viajar de autocarro ou comboio, o processo não é muito diferente. É obrigatório usar a caixa de transporte, que pode ficar aos seus pés ou, em algumas empresas, até num lugar extra ao seu lado (se estiver disposto a pagar, claro).

Certifique-se de que o gato está confortável e que a caixa está segura e ventilada. Algumas empresas podem exigir vacinação atualizada e um atestado de saúde, por isso informe-se com antecedência para evitar surpresas desagradáveis na estação!


4. Voar com gatos: planeamento é a chave

Levar o seu gato num avião é uma experiência que exige mais preparação. Cada companhia aérea tem as suas próprias regras, por isso, informe-se com antecedência sobre os requisitos de documentação e transporte.

Para voos nacionais, é comum pedirem a carteira de vacinação e um atestado veterinário recente. Para voos internacionais, o processo pode ser mais complexo, incluindo microchip, vacinas específicas e até um certificado zoossanitário internacional.

Algumas companhias permitem que o gato viaje consigo na cabine, dentro da caixa de transporte (felizmente, não precisa de comprar bilhete de classe executiva para o gato). Outras, no entanto, obrigam ao transporte no porão, o que exige cuidados redobrados para garantir que o seu patudo está seguro e confortável.


5. Preparar o gato para a aventura

Antes de qualquer viagem, marque uma consulta no veterinário. Este passo é essencial não só para verificar a saúde do seu gato, mas também para obter orientações específicas, como medicações para reduzir o stress (caso necessário).

Deixe a caixa de transporte disponível em casa alguns dias antes da viagem e tente associá-la a experiências positivas. Use panos com o cheiro do gato para criar um ambiente familiar e leve consigo água fresca, alguns petiscos e um tapete higiénico para emergências. Se necessário, cubra a caixa com uma toalha leve durante o percurso – muitos gatos sentem-se mais seguros quando estão parcialmente “escondidos”.

É essencial ir ao veterinário e fazer consultas de check-up, para garantir que o seu amigo está saudável e pronto para viajar consigo. Confira a importância do check up, aqui!


6. Manter o gato calmo durante a viagem

O segredo para uma viagem tranquila é minimizar os estímulos que possam assustar o seu gato. Evite movimentos bruscos, barulhos altos e mudanças constantes de temperatura. Mantenha a caixa estável e certifique-se de que tem tudo o que precisa à mão.

E, acima de tudo, lembre-se: viajar com um gato requer paciência. Ele pode miar, estranhar o ambiente ou ficar mais ansioso do que o normal. O importante é mostrar-lhe que está por perto e que tudo vai correr bem (mesmo que ele ainda o esteja a culpar mentalmente por o ter tirado do sofá).


7. O regresso ao lar: um final feliz

Depois da viagem, permita que o seu gato explore o novo espaço ao seu ritmo. Dê-lhe acesso a comida, água e um local seguro onde possa descansar. Afinal, para ele, não há nada melhor do que voltar ao conforto de um ambiente familiar — e ao seu colo, quando estiver pronto para perdoar.

Viajar com um gato pode parecer desafiante, mas com preparação, calma e atenção aos detalhes, a experiência pode ser muito mais tranquila do que imagina. Afinal, não há nada como ter o seu melhor amigo ao seu lado — mesmo que ele esteja a resmungar baixinho durante o percurso!