O fígado é um dos órgãos mais importantes no organismo do seu animal de estimação, com funções essenciais para a sua saúde, desde a metabolização de nutrientes até à filtragem de toxinas. No entanto, alguns hábitos comuns podem estar a comprometer a saúde hepática dos nossos amigos de quatro patas sem que nos demos conta!
Abaixo, conheça três comportamentos a evitar para garantir que o fígado do seu pet se mantenha saudável e funcional.
1. Oferecer muitos petiscos gordurosos
É comum mimarmos os nossos animais com petiscos e guloseimas, mas um excesso de alimentos gordurosos pode ter efeitos graves no fígado. Petiscos com alto teor de gordura sobrecarregam o órgão, que precisa de trabalhar muito mais para metabolizar esses alimentos. Com o tempo, este esforço extra pode levar ao desenvolvimento de problemas hepáticos, como a esteatose (acumulação de gordura no fígado) e até mesmo insuficiência hepática.
Além disso, o fígado gorduroso impede o organismo do animal de processar adequadamente os nutrientes, o que pode levar a outras complicações, como aumento do colesterol e obesidade. A melhor alternativa é oferecer petiscos naturais e com baixo teor de gordura ou procurar alternativas saudáveis recomendadas pelo veterinário, como frutas seguras e pequenas doses de alimentos próprios para animais, evitando petiscos de alta densidade calórica.
2. Usar produtos de limpeza tóxicos, como lixívia
Os produtos de limpeza que utilizamos frequentemente em casa podem ser prejudiciais para os animais, especialmente os que contêm substâncias como a lixívia, amoníaco ou fenol. Estes produtos emitem vapores que o seu pet pode inalar ou podem deixar resíduos que o animal acaba por ingerir, especialmente se tiver o hábito de lamber as patas após circular pela casa.
Quando estas toxinas entram no organismo do animal, o fígado é o órgão responsável por as processar e neutralizar. Contudo, a exposição frequente a estas substâncias obriga o fígado a trabalhar em excesso, o que, com o tempo, pode provocar lesões hepáticas graves e comprometer as suas funções. O ideal é optar por produtos de limpeza mais seguros, como vinagre diluído ou detergentes neutros, e garantir uma boa ventilação sempre que utilizar produtos químicos em casa. Outra dica é limitar o acesso do animal a áreas recentemente limpas até os produtos secarem e os vapores dissiparem.
3. Administrar vermífugos e anti pulgas sem necessidade
Manter o seu animal protegido de parasitas é essencial, mas o uso excessivo de vermífugos e produtos anti pulgas pode também sobrecarregar o fígado! Muitos destes medicamentos contêm substâncias químicas que precisam de ser metabolizadas pelo fígado, e o uso frequente, sem que haja uma real necessidade, coloca pressão sobre o órgão.
Os vermífugos e anti pulgas devem ser administrados de forma controlada, respeitando o intervalo adequado entre as doses e evitando o uso desnecessário. Um erro comum é dar vermífugos e produtos anti pulgas por precaução, mas o uso indiscriminado destes produtos pode causar um efeito tóxico e, eventualmente, levar a uma sobrecarga hepática, que prejudica as defesas naturais do organismo.
A melhor abordagem é seguir sempre as orientações do veterinário, que pode recomendar exames para avaliar a presença de parasitas e ajustar o uso de vermífugos e anti pulgas conforme a necessidade real do seu animal. Assim, o fígado fica mais protegido e o organismo do seu animal de estimação mantém-se saudável.
Cuide do fígado do seu animal com mais consciência
Prevenir problemas hepáticos nos nossos animais é possível com pequenas mudanças nos hábitos diários. Ao garantir uma alimentação equilibrada, limitando a exposição a produtos de limpeza tóxicos e evitando o uso indiscriminado de medicamentos, estará a contribuir para a saúde e longevidade do seu companheiro!