Nas ruas de Morelos, no México, uma família de padeiros encontrou uma forma simples, mas profundamente tocante, de transformar a vida dos cães abandonados. Chema e Ana, um casal que ganha a vida a vender pão, decidiram que os seus clientes não seriam apenas humanos, mas também os muitos cães de rua que vagueiam pela cidade.
Tudo começou durante as suas entregas diárias de pão, quando o casal passou a reparar, cada vez com mais frequência, nos cães famintos a revirar o lixo à procura de algo para comer. Era uma realidade dura de se ignorar. Realidade essa que levou Chema e Ana a agirem a mudarem a situação.
Ana sugeriu ao marido que partilhassem alguns pedaços de pão com os cães que encontravam. Mal eles sabiam que esta pequena ação de generosidade se tornaria numa missão de amor diária.
A notícia da sua bondade espalhou-se rapidamente entre os “peludos”, e em pouco tempo, cada vez mais cães de rua começaram a aparecer, esperando ansiosamente pelo seu “lanche” diário. Hoje, o casal alimenta cerca de 60 cães por dia.
O pão, que antes era apenas para os seus clientes habituais, agora tem uma versão especial dedicada aos caninos: sanduíches recheadas com comida húmida para cães. E os novos “clientes” aprovam com entusiasmo! “No início, preparávamos três ou quatro bandejas de pão, mas rapidamente passaram a ser 20, 30, e agora estamos a preparar 60 bandejas por dia”, relata Chema.
Os cães, astutos como são, aprenderam a reconhecer o som da viatura de Chema e Ana. Assim que ouvem o barulho que anuncia a chegada do pão, correm alegremente para encontrar o casal, na certeza de que aquele momento significa uma refeição garantida.
Graças ao apoio da comunidade local, Chema e Ana não só alimentam os cães, como também começaram a castrar alguns dos animais, levá-los a consultas veterinárias e a comprar medicamentos quando necessário. Este projeto tornou-se um verdadeiro acto de solidariedade e amor pelos que mais precisam.
O maior sonho de Chema é continuar a receber o apoio necessário para que possam manter este projeto, garantindo que os 60 cães que alimentam diariamente não sejam esquecidos.