4 comportamentos normais nos cães que os donos tentam impedir (mas que não deviam!)

Os cães são seres incríveis, cheios de energia, personalidade e comportamentos únicos. Mas, sejamos honestos, às vezes as suas ações deixam-nos a coçar a cabeça (ou os nervos). Ainda assim, muitos dos comportamentos que tentamos evitar são absolutamente normais e, de certo modo, essenciais para o bem-estar deles. Vamos explorar quatro desses “pecados” caninos que, na verdade, não são pecado nenhum!

1. Saltar para nós: uma festa em forma de patas

Imagine isto: chega a casa depois de um dia longo e lá vem o seu cão, num salto de alegria, a tentar chegar ao topo do mundo – ou seja, à sua cara. É frustrante? Talvez. Mas aqui vai uma novidade: para o seu cão, isso é apenas a maneira mais pura de dizer “Bem-vindo!”

Os cães conectam-se connosco através do toque, e a parte mais interessante do seu corpo está na parte superior: as suas mãos, ideais para festinhas, e o rosto, perfeito para umas lambidelas carinhosas. Impedir este comportamento é como dizer a um amigo que não pode dar-lhe um abraço. Claro, pode ensinar-lhe a não saltar em determinadas situações, mas não se esqueça de lhe devolver o carinho de outra forma – ele só quer estar pertinho de si.

2. Rolar na relva: a herança ancestral

Ah, o clássico momento em que o seu cão encontra aquele pedaço de relva perfeita e começa a rebolar como se fosse o melhor dia da vida dele. E, claro, aí está você, a pensar: “Porquê agora? Acabei de te dar banho!”

Mas calma, este comportamento tem raízes profundas. Para os ancestrais dos nossos cães, rolar na relva servia para duas coisas importantes: livrar-se de parasitas como pulgas e carraças ou marcar o território com o seu cheiro. Embora hoje em dia seja menos sobre sobrevivência e mais sobre diversão, não deixa de ser um hábito saudável. Além disso, quem somos nós para negar um pouco de felicidade verde ao nosso amigo peludo?

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3. Cheirar a cauda dos outros:

Se há algo que os humanos acham estranho, mas que é absolutamente natural para os cães, é aquele encontro casual em que dois patudos se cumprimentam com um bom “cheirinho” à cauda do outro. Mas antes de torcer o nariz, lembre-se: para eles, isto é o equivalente a trocar cartões de visita!

Através do olfato, os cães conseguem perceber tudo sobre o seu amigo canino: idade, saúde, género e até o que comeu ao pequeno-almoço. É uma forma instintiva de comunicação, algo que nós nunca conseguiremos entender com a mesma profundidade. Portanto, na próxima vez que o seu cão decidir inspecionar a traseira de outro, deixe-o. Ele só está a socializar à moda dele.

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4. Lamber urina: uma experiência sensorial

Este é, sem dúvida, um dos comportamentos mais estranhos para os humanos: o seu cão encontra um rasto de urina no passeio e, antes que consiga impedir, lá está ele a dar umas lambidelas. É nojento? Sim. Mas também completamente natural.

Os cães possuem um órgão chamado órgão de Jacobson, que lhes permite captar informações químicas na urina de outros animais. É como uma análise laboratorial instantânea para saber quem passou por ali, se é macho ou fêmea, e até se está no cio. Para eles, é ciência pura – para si, talvez seja hora de levar um pacote extra de lenços húmidos.

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Aceite o seu cão como ele é!

Muitas vezes, tentamos moldar os nossos cães ao nosso mundo, esquecendo que eles têm os seus próprios instintos e formas de comunicar. Claro, há limites para garantir a convivência, mas não devemos impedir os comportamentos que fazem deles… bem, cães!

Abrace a personalidade única do seu patudo e lembre-se: aquilo que parece estranho para nós é, muitas vezes, a essência da sua felicidade. Afinal, quem não gosta de um bom salto, um passeio na relva ou uma conversa olfativa com os amigos?