E se lhe dissermos que a desparasitação é muito mais do que oferecer um comprimido ao patudo? Saiba tudo o que deve fazer para o proteger

Quando falamos de desparasitação em animais de companhia, a primeira ideia que nos vem à cabeça é a de um comprimido dado de vez em quando, escondido no meio da ração ou até num pedaço de pão. Assim que o animal ingere o comprimido, está feita a nossa parte: ele está protegido. E se lhe dissermos que não funciona bem assim? Para proteger um cão ou gato contra parasitas, o dono deve adotar um conjunto de práticas e medidas adaptadas ao estilo de vida do animal e do próprio tutor, criando uma rotina de cuidados contínuos — e não apenas um gesto isolado.

Que tipos de parasitas existem?

Parasitas são organismos que vivem à custa de outro — neste caso, o cão ou o gato — podendo provocar uma série de problemas de saúde. Existem dois grandes grupos:

Parasitas internos

Como lombrigas, ténias ou giárdias, que vivem no sistema digestivo e podem causar diarreias, vómitos, emagrecimento, anemia e, em casos graves, até a morte.

Parasitas externos

Como pulgas, carraças e ácaros, que se instalam na pele ou no pelo e são responsáveis por reações alérgicas, dermatites, infeções e transmissão de doenças perigosas (como a leishmaniose).

Mais do que medicação, uma prática diária!

A desparasitação deve ser vista como uma estratégia de proteção global. Eis o que deve fazer parte desse plano:

Medicação regular, sim — mas ajustada ao estilo de vida:

Um cão que vive dentro de casa, com passeios curtos e contacto limitado com outros animais, pode necessitar de desparasitação interna a cada 3 a 6 meses e proteção externa sazonal.

Já um cão que vai ao campo, à praia, ao parque, que convive com outros cães ou caça, precisa de um plano mais intensivo: desparasitação interna mensal ou bimestral e proteção externa durante todo o ano.

Manter o ambiente limpo (camas, mantas, brinquedos) reduz drasticamente a presença de ovos de pulgas, por exemplo.

Higiene e cuidados básicos, como banhos regulares com champôs adequados e escovagens ajudam a detetar precocemente parasitas externos; Recolher as fezes nos passeios – protege o cão (e os outros) de parasitas intestinais transmitidos pelas fezes contaminadas.

Mas há muito mais! Assista ao novo episódio de Veterinário de Serviço para estar a par de tudo.

Porque um cão saudável é um cão feliz — e isso começa, muitas vezes, pela prevenção silenciosa contra os inimigos invisíveis!